Experiências no México e os movimentos sociais
Na disciplina "Tópicos Atuais em Ciência e Cultura" oferecida pelo Labjor (Unicamp) e ministrada pela professora Márcia Tait, um dos temas tratados foi sobre os movimentos sociais e destes, há um movimento que se destaca mundialmente e é um exemplo de resistência social para diversos povos. Trata-se do Movimento Zapatista auto-denominado como "Ejército Zapatista de Liberación Nacional" (EZLN), já que no primeiro embate ocorrido em 1º de janeiro de 1994, se manifestou com claras características de um enfrentamento mais agressivo contra as opressões do Estado Mexicano. Desde então, o movimento tem procurado estabelecer relações positivas com o Estado, mas todas as tentativas foram infrutíferas. Desta forma, os zapatistas buscam estabelecer meios autônomos de sobrevivência e resistência contra os mandos e desmandos de um governo corrupto.
Lembrei-me de um colega, David Rodrigues de Menezes*, que já havia cedido uma entrevista sobre as manifestações de julho de 2013 e as particularidades com o seu município, Hortolândia, onde colaborou com a organização local das manifestações. Acompanhando a sua trajetória pelo Facebook, também me lembrei de sua viagem ao México e sem saber exatamente os objetivos desta viagem, mas conhecendo a sua simpatia e interesse pelos estudos dos movimentos sociais, resolvi perguntar se havia visitado Chiapas no México e se conhecera os Zapatistas. Para minha surpresa, além de conhecer os Zapatistas, ficou uma semana numa das comunidades, o caracol Oventik.
Combinamos uma entrevista (17/05), que além de informações sobre sua experiência rápida, mas intensa com os zapatistas, também evidenciou a realidade mexicana e do governo deste país com respeito às drogas e ao narcotráfico.
Algumas imagens da viagem de David ao México**: A caravana de Ayotzinapa em Guerrero, a Polícia Cidadã Comunitária de Temalacatzinco, Guerrero e uma das comunidades zapatistas, Oventik, em Chiapas:
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* David Rodrigues Menezes – cientista social graduado pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp e atualmente é pesquisador graduado em um projeto temático da FAPESP na área da segurança.
** Imagens cedidas pelo entrevistado.